terça-feira, 17 de agosto de 2010

Solidão



Eu só quero parar. Por que eu insisto em continuar assim? Por que minha mão pesa para escrever? Eu só quero parar, eu só quero esquecer.

Não.

Não dá mais.
Não dá mais para fumar cigarros com falsas vibrações
Não dá mais para beber bebidas com falsas intenções
Ver nasceres de Sol sozinho...

Rap da solidão

É sempre assim, eu por eu mesmo
O Sol insiste em vim, quando eu peço com muito apreço
Para ele não nascer,
Para minha solidão não ter onde se esconder
Com a luz, a fumaça se espalha
O ouro reluz, mas a solidão é uma navalha
Que corta e deixa a carne ensangüentada
Que cura a alma de quem não tem mais nada

A solidão te faz escravo dela,
Te faz procurar alguém em cada viela
Faz você correr atrás da miséria, para se sentir maior
Faz você correr atrás em cada viela, para se sentir melhor

Mas você só vai se afundar
Vai tentar fugir um dia você se cansa de nadar
E não vai sustentar o seu vício agora
Que sua cara cortada agora ignora,
Mas faz favor: Cadê minha dose seu garçom?
Me dá meu tom, bota um som
Que eu continuo sempre em frente
Mas sempre parado
Os sóbrios para mim agora são só retardatários
Queimando álcool a rima vai ficando extensa
Não posso parar, só por insistência
O fim da garrafa chegou, paciência,
Volto para casa acompanhado de alguns mendigos, em ritmo de decadência...

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