terça-feira, 31 de agosto de 2010

Quando eu rezo eu aumento o som.


Canto como se fosse em prece. Balanço a cabeça como se imaginários dreadlocks batessem na minha cara em sinal de redenção. A música é algo inexplicável. Sério, eu preferiria ser cego a ser surdo. Eu preciso ouvir. O timbre de uma antiga guitarra, um bumbo duplo soando com delay, splashs seguidos na minha cabeça, cordas, metais, tudo!

Eu preciso ouvir, só. Não preciso entender. Uma boa frase tem ritmo. Uma boa frase é aquela que você sente a dor no teto do cérebro, que você se retorce quando ouve, que você chama de genial. Uma boa frase não precisa fazer sentido. Só precisa ser carnal.

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