sábado, 11 de setembro de 2010

O que você vê por trás do ser ou não ser?


Aprendi nesses meus três anos de ensino médio, que o álcool inibe o cerebelo que é responsável pelo equilíbrio do corpo. Que bom ter aulas práticas!

Odeio mortalmente o álcool! E das bebidas que já experimentei, todas foram como se descessem agulhas pela minha garganta. Prometi não ficar bêbada. E como todo bom ser humano e brasileiro que sou, cai em contradição.

Era pra ser uma brincadeira, e foi, mas... A Brincadeira me levou a quatro doses.

A primeira. Sentia aquelas agulhas descendo e se acomodando em meu estômago e... aquele gosto amargo.
A segunda dose. De um lado ou outro, já via as imagens passarem mais devagar.
A terceira dose. Três novas sensações... tontura...tontura............tontura!
A quarta. As agulhas faziam festa em minha barriga e tontura...tontura..........sono!
A quinta. Não teve, já bastavam quatro! Queria que aquelas agulhas fossem embora, mas não por onde vieram.

Deite-me, confortavelmente. Consciência estava à mesma, tudo estava claro na minha cabeça. Mas meu corpo não. Senti-me inútil. Dizem que bêbado fica com vontade de chorar, e eu queria chorar. Mas era por causa das perguntas, da inutilidade, por sentimentos reprimidos ou por efeito do álcool? Nem eu sei. Acho que tenho que brincar de novo para descobrir.

Deitada confortavelmente, perguntas eram-me feitas, sem intervalos. Aproveitaram a situação para tais. E Aproveitaram-se de mim, de minhas respostas. Ou eu que me deixei aproveitar? Eu estava consciente, eu pensei no que responder, eu procurei uma resposta que combinasse com a situação e meu estado. Esperta? No momento sim. E agora? Ainda não terminei os cálculos.

Odeio mortalmente o álcool. Ouvi meu amigo dizendo que bebeu muito, mas lembra-se de tudo, pergunto a pessoas que bebem aos quilos e todas recordam as coisas que fizeram. Eu estava consciente... Então por que de repente viramos poetas e recitamos verdades e segredos, por que viramos músicos e compomos bobagens, e por que ainda viramos um dançarino? A Imagem que passam da bebida, que ela causa todos esses efeitos, tornou-se tão forte que nos atingi psicologicamente. E nada como a força do pensamento... Isso eu sei porque experimentei essa força, realmente achei que o álcool controlava meus pensamentos, mas depois vi, que era apenas eu mesma.

Somos mesmos uns fingidos, aproveitadores, igual a crianças que se caem e não se machucam, mas choraram para receber atenção. Somos apenas fisicamente inúteis. Já percebeu que você pode voar em sua mente?

Você pode dizer que isso só aconteceu por que bebi pouco. Mas me pergunto se eu não bebo, não tenho costume, então não tenho que ficar bêbada mais fácil? Ah, vai saber. Dizem que a primeira impressão é a que fica. Não tive uma segunda ainda para comprovar essa ‘teoria’.

O que você vê por trás do ser ou não ser?

By: Kty O.

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