domingo, 31 de outubro de 2010

libertação

Nunca vai existir a liberdade plena. A sensação de ultrapassar os limites é enganosa, porque sempre vão aparecer outros em seguida pra você se esbarrar, ou uma mão pra te puxar. Sabe quando uma criança pequena se aproveita da distração mínima da mãe pra sair correndo com um sorriso de satisfação no rosto, e é bruscamente resgatada pelo braço? Já teve um dos típicos sonhos freudianos, nos quais você tenta alcançar desesperadamente a porta no fim de um corredor (sem fim) de pisos quadriculados, e acorda? Conhece a constatação obscura de vazio quando alguma coisa termina?

A liberdade é de mentira. E talvez o limite seja a morte, e não o céu.

Por enquanto eu brindo à libertação forjada, que me encanta e me sossega.

1 comentários:

Érica Wisnheski disse...

Essa libertação forjada pode te surpreender mais do que você imagina.
=o*

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