sábado, 5 de março de 2011

Copos ao ar

Quatro. O número de pessoas naquela mesa e o cd do los hermanos que não parava de ecoar na minha cabeça. Cada rosto risonho e embriagado tinha sua música certa. Cantávamos heresias que fariam até meu amigo mais brega sentir vergonha de sentar conosco. Por mais que o bar olhasse pensando coisas sóbrias, a gente não ligava. Nós tínhamos até uma anã sóbria, o que deixava as coisas ainda mais estranhas.

A cerveja vinha congelada por fora e eu tentava descobrir figuras desenhadas no gelo retorcido. Talvez fosse só o álcool, mas eu acho que não. Fomos andando tentando desafiar as leis da ótica e vendo 4 pontos no infinito. Talvez fossem um só, mas eu acho que era o álcool. Ainda bem que tinha uma sóbria que não me deixa falar a verdade...

"Ver TV é deprimente, não há nada mais sem graça
Bom de noite é ir para a rua
Mesmo quando está chovendo
Eu que nunca me arrependo
Tá errado, eu tô fazendo
Vai saber o que é normal...
Eu só posso lhe dizer
BOM É QUANDO FAZ MAL!" Matanza

0 comentários:

Postar um comentário