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sábado, 16 de outubro de 2010

I drink my mirror

Me peguei bebendo só. Brindando com o espelho. Conversando com meus próprios pensamentos. Loucura ou vício? Both.
Frases de efeito em inglês zunem na minha cabeça, me deixando atordoado. Meio cadente por causa do álcool.
Eu cortei minha mão. Consegui brigar com meu próprio reflexo. Quem mandou mostrar o que eu sou. Um solitário, inescrupuloso e bêbado sociopata. Me disseram que eu mudei. Se eu não tivesse mudado vocês não teriam nem me conhecido. Um brinde ao meu alcoolismo que me proporciona felicidade. É tão fácil quanto ler a mão de alguém com sangue passando pelas linhas.

"Don't take my beer, you can't let me sober..." Don´t take my beer - Black Drawing Chalks

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

escolha

Quando pequenos, seu irmão caía de bicicleta e ela chorava. Quebrava um dente e ela chorava. Tomava bronca de um mais velho e ela chorava. Ela saía correndo da cena em direção à porta mais próxima e se escondia entre a parede e a madeira, as lágrimas fluidas. Perguntavam-lhe o porquê daquilo, mas era nova demais pra se explicar.

Hoje, o vê bater a cabeça na parede, sentar em ponta de faca, devorar as próprias entranhas. Ela mantém o hábito de fugir, mas agora não há lágrimas. Não é que a dor de outrora não exista mais, nem que aquela coisa de irmãos tenha acabado. É que antes ele não tinha escolha.

Agora os dois têm.