terça-feira, 7 de dezembro de 2010

solidão

Nas minhas andanças pelo mundo, andei observando o comportamento de certos humanos. Até comentei com algumas pessoas, mas nem sempre elas veem as coisas como eu vejo. Ou então não acham importante, vai saber.

Estava olhando pessoas em restaurantes - não que eu seja uma vouyer maluca nem bisbilhoteira - e percebi que muitas delas, ao comerem ou beberem, não compartilham do mesmo pedido. Triste. Parece que existe um abismo profundo e intransponível ali. Custa pedir a mesma coisa, ter a mesma energia? Talvez muito de vocês discordem e até me digam o quanto a liberdade de expressão é importante. Eu sei que é. Inclusive, sou uma das primeiras a levantar essa bandeira.

Não quero dizer que ter diferentes preferências é empecilho pra boa convivência. Muito pelo contrário, o choque de opiniões é fundamental pra dinamizar qualquer tipo de relação. Seja entre pais e filhos, irmãos, namorados... mas custa sair com a mesma intenção, com o mesmo propósito?

É muito ruim ter um bando de amigos e encher a cara sozinho. Não tem a menor graça pedir a pizza mais alternativa do lugar se sua mãe não vai provar também. E quando o rapaz vai à churrascaria encher o rabo de comida, ele não espera que sua menina fique só na saladinha.

Espero que eu não entre em contradição com as minhas próprias convicções. Não estou dizendo que um deve mudar o outro - esse é um dos atentados mais covardes contra a personalidade alheia. O que quero que vocês enxerguem é a solidão, mesmo quando se está acompanhado.

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