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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

desigualdade

Estava sentada no banco direito do carro e nem ouvia aquela música do rádio. Só xingava muito na mente por ter acordado cedo - como eu odeio acordar cedo! - e meus olhos passeavam pelo mundo fora da janela.


Então olhei pra calçada e um homem de pernas bem finas comia despreocupadamente seu biscoitinho água e sal com café. Ainda sentado em papelões que provavelmente lhe serviram de cama na noite passada, ele tinha aqueles olhos estranhos. Olhos de quem tem fome, mas já não sabe de quê. Olhos de quem quer sair dali, mas está cansado demais.


Será que sobra nele espaço pra uma crise existencial? Um monte de gente vive em crise existencial.


Pensei na minha cama macia, no meu banho quente, no meu café-da-manhã colorido e nas unidades de tempo que perco chorando na varanda. Tive vontade de dizer "Bom dia" pro homem, mas o semáforo ficou verde.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Alegria

Andei de recesso. Minhas palavras esvairam-se aos muitos sorrisos que tenho dado. Talvez a alegria seja a tristeza tão grande que não me deixa escrever. É isso! A alegria é a mais profunda das tristezas... Por que mais choraríamos de alegria?

"Eu te dou meu coração como resgate
Aí ficamos em empate
Poderia me xingar, me bater, me difamar
Mas roubar o meu Blue Label foi pior que uma punhalada no peito..." Meu precioso -Vivendo do Ócio