Mostrando postagens com marcador fim de semana. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fim de semana. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

ressaca

Saí do trabalho com vontade de beber. Passei no supermercado e me senti independente quando entrei na fila com um pack de cervejas e mais nada. Coisa de mulher que mora sozinha -ou de homem. Cheguei em casa, tomei um banho gelado e sentei no meu habitual lugar da varanda. Queria ficar bêbada.

Depois de algumas cervejas, a campanhia tocou. Eu já estava indo dormir, não era tão cedo. Ou é engano, ou esses porteiros estão ousados demais, nem me ligaram. Perguntei quem era. Sou eu, Helena. Pedro? Hesitei por frações de segundo antes de abrir a porta. O que ele quer comigo a essa hora? Aliás, pergunta idiota. A pergunta certa é "por que estou abrindo a porta?".

Meus olhos de âmbar estavam arregalados de surpresa - fazia muito tempo desde a última vez, coisa de um ano ou dois. Os dele estavam misteriosos, como sempre. Seu corpo todo era incerteza, mas só pra disfarçar. Ele sabia bem o que queria: roubar um pouco de Helena. Ia me beijar. Agora. Tentei deixar o âmbar frio, gelado, cruel, era minha única resistência. Ele não se intimidou. Me segurou pelo corpo inteiro ou só pelo cabelo, não lembro.

Caminhava daquele jeito estranho, angustiado. Já sei que sou sua válvula de escape. Mesmo que a gente não diga nada - e quase sempre a gente não diz nada - existe alguma coisa em mim que o muda, que o vira do avesso. Eu sempre deixo algo bom nele e fico sem esse pedaço em mim. Ele é egoísta. Ele se alimenta de mim, das minhas roupas jogadas pelo chão, das minhas entranhas. Está angustiado e vem roubar o meu ar.

Roubou meu cheiro e deixou o dele. Roubou a desordem planejada dos meus cabelos. Confundiu as minhas pernas, amassou meus lençóis, perdeu meu pijama. E eu me perdi no movimento ritmado, nas respirações pesadas, nas energias que movem o universo. Me perdi naquelas cores, até. Não lembro.

Lembro que acordei e Pedro tinha ido embora. Dormi bêbada e acordei bêbada e com dor de garganta, de choro preso. Fui pra varanda fumar um cigarro e beber outra cerveja. Me certifiquei se a porta estava bem trancada, porque aqui ele não entra mais.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

My life is a friday night

Nós não sabemos onde pode começar. Muito menos onde termina. Mas sempre existe a possibilidade do sono chegar.

Minha vida é uma sexta-feira à noite. I can drink and smoke without think on tomorrow but it always comes. Always. The tomorrow comes everytime. My Friday ends in a Monday morning. Don’t feel sorry for me. When my Monday ends. My Saturday starts. Envy me ass suckers!

" Não se esqueça que a vida é boa! Ela é foda! Pode até faltar uma engrenagem na roda... Eu estou sempre a caminhar junto com meu orixá e ele vai me acompanhar pra onde eu andar." Sempre a caminhar - De leve

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

It's friday! (Ragga vibration)

A vibração positiva reina. Graças a Jah a peleja semanal se finda. Escrevo isso ouvindo um reggae, então perdoem da lenta expressão.

O tempo vai começar a virar pó, os segundos vão correndo pelas mãos, os desejos vão virando mera realidade e a realidade virando mera distração. É o fim de semana! As ondas finalmente agora quebram, o mar agora finalmente lava. Depois de toda cruz carregada, a redenção tão esperada agora cura a chaga.

É tempo de morrer, de esquecer... É tempo de beber, de fumar e de fud%$#.

Mas o fim de semana vai acabar...

''Fica só para esperar o Sol
Chega só para esperar o Sol
Fica do meu lado até o Sol chegar
enquanto a estrada não chama...'' Esperar o Sol - Flora Matos (OUÇAM!)