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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Fotografando

Essa vocês não vão entender. Eu nunca escrevi tão para mim...

Um gramofone, um bocado de grama, uma xícara de café e um cigarro. De frente com o mar. Do segundo andar o vento parecia soprar para me derrubar. Esfriou meu café, mas eu não desci para esquentar. De nada mais precisava além da minha retina. A água era gelada, mas azul. A vida era promíscua, mas era bom, e ditava um tom de furta-cor. Sem LCD ou ecstasy, sem vicodin ou paracetamol. Deixa doer...
Só um reggae. Depois me mata, mas espera essa. A vibe roots já me assolava. Uma mistura de suicida punk com rastafári vibrante. Era eu. Mais nada houve de se fazer. Me larguei lá. Deixei meu eu naquele lugar. Não quero encontrá-lo de novo. Não quero fumar maconha nem beber até cair. Eu sentei ali e ali eu fiquei. Preciso de um resgate. A abstinência está colocando pontos em frases e aleatórias. Vou lá...
Voltei... E vi como eu estava bonito. Ocúlos escuros, barba por fazer, a cara marcada, no corpo alguns arranhões e queimaduras de cigarros, o cabelos enormes dreads balançando ao vento.
Aquele sou eu... Fotografando o mar com a retina...

sábado, 28 de agosto de 2010

Em busca de novas drogas


Eu me encontrei em um dilema. O cigarro não acalma mais, a cerveja não me satisfaz. Preciso de novas drogas. Meu pai uma vez me disse que preferia um filho viado à um filho maconheiro, ou seja, maconha está fora de cogitação.

Eu sempre tive alguns pequenos sonhos. Abrir um jornal e tomar uma xícara de café, estudar até tarde da noite na base do café e da nicotina, acordar e tomar um bom café para ajudar na vibração de um novo dia. Talvez por espelho do meu pai. Todo dia ele acordava com um xícara de café em uma mão e um cigarro aceso na outra. Se tem um cheiro que eu lembro na minha infância, é a mistura da fumaça com o maravilhoso cheiro do café. Toda vez que eu entro na aquele banheiro ermo e úmido, eu me lembro daquele Deus pagão mandando eu escovar os dentes.

Tudo bem que ele teve câncer e precisou parar de fumar, mas eu continuei seu legado(kkkkkkk). Eu achei minha nova droga, talvez a mais leve de todas, mas eu preciso por tradição de família. Bem vindo café a minha vida!

Agora só me falta um câncer! kkkkkkkkkkkkkkkk